18 de novembro de 2010

A carta que eu nunca te escrevi *

"Quis confiar em ti mas não deixaste ou não quiseste, imagino as coisas que tu nunca me disseste.
As vezes queria ser mosca e voar por aí, pousar em ti, ouvir o que nunca ouvi, ver o que nunca vi nem conheci, saber se pensas em mim quando não estás comigo.

Será que és meu amigo como eu sou tua amiga? Será que falas mal de mim nas minhas costas? Há coisas em ti que tu não mostras ou já não gostas, quantas vezes te pedi para seres sincero. Quem me dera! Imagino tanta coisa enquanto estou á tua espera. 
Apostei tudo o que tinha, saí a perder sem perceber, surpreendida por quem pensei conhecer, sem confiança a relação não resiste, o amor não existe, quando mentiste não fiquei zangado, mas triste... Não peço nada em troca apenas quero sinceridade, por mais que doa e difícil que seja venha a verdade, será que me enganas, será que chamas à outra do que me chamas? Será que é verdade quando dizes que me amas? Será que para ti não passo de mais um brinquedo?  Será que exagero será que não passa de imaginação? Será que é o meu nome que tens gravado no coração ou não? Sabes que tudo o que tenho é tudo aquilo que te dou, nunca te prometi mais do que podia, prefiro encarar a realidade a viver na fantasia...
Também te magoei mas nunca foi essa a intenção e acredita que ver-te infeliz partiu-me o coração, mas errar é humano e eu dou o braço a torcer, reconheço os meus erros, sei que já te fiz sofrer.
Porque é que não me olhas nos olhos quando pedes perdão? Será que por saberes que neles vejo o reflexo do teu coração? E os olhos não mentem quando a boca o faz, e se ainda não me conheces, então nunca conhecerás, serás capaz de fazer o que te peço?"
Esta é a carta que eu nunca te escrevi!

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